quinta-feira, 22 de março de 2018

Adolfo Lona


 Por               
Regis Barbour

Hoje falaremos de uma das melhores vinícolas do mundo especializadas em espumantes, ela leva o nome de seu fundador e enólogo, um argentino com coração mais que brasileiro, o nosso ¨Mestre dos Espumantes¨Adolfo Lona.


Esse grande ¨Mestre dos Espumantes¨ deu início a sua aventura no Brasil em Janeiro de 1973, chegando a cidade de Garibaldi / RS, para a execução do audacioso projeto da Martini e Rossi, que compreendia em elaborar um espumante com técnicas aplicadas em Champagne. Deste projeto surgiu o consagrado espumante De Gréville e o Baron de Lantier, pioneiro dos vinhos finos no Brasil.


Em 2004 partiu para um projeto solo, iniciando sua própria marca, com o lançamento de um vinho tinto e dois espumantes. Após alguns anos, vendo todo o potencial da região, foca exclusivamente nos espumantes.


Sua produção reduzida e original, apresenta um estilo próprio, o que agrada muito os verdadeiros apreciadores de espumantes. Seus ciclos longos de 6 a 8 meses para os Charmat e de 18 a 20 meses para os tradicionais Champenoises, dão todo o toque refinado e inesquecível aos produtos.




Só para explicar aos leitores, o método Charmat de elaboração de espumantes, se caracteriza pela realização da segunda fermentação em tanques de inox. Já o método tradicional ou Champenoise se caracteriza pela fermentação na própria garrafa. O método tradicional recebe este nome porque é a forma pelo qual os primeiros espumantes foram feitos.


Sua linha de produtos vão desde os Brut, Brut branco, Brut Rose e  Demi demi-sec, ambos pelo método Charmat e o  Natura Pas dose, Orus e Silvia 1972 pelo método Tradicional.


Encontro de Vinhos em São Roque 05/12/2015.

Tivemos o prazer de conhecer o Mestre Adolfo Lona em 05/12/2015, no Encontro de Vinhos em São Roque. Neste dia fomos agraciados com uma pequena aula sobre a produção dos espumantes, e para fechar com chave de ouro, degustamos o Nature Pas, servido pelo próprio criador.



Alexandre Escobar e Adolfo Lona


Por duas outras vezes, o Confrade Alexandre Escobar teve a oportunidade de visitá-lo na sua loja em Porto Alegre, localizada na Avenida Lajeado 865. Momento no qual pode degustar o  recém lançado espumante ¨ Orus Silva 1972¨, edição especial.

I
¨Orus Silvia 1972¨

Este maravilhoso espumante ¨Orus Silvia 1972¨,foi eleito o melhor vinho do ano pelo Guia Adega Vinhos do Brasil 2017-2018, recebendo 93 pontos. Produzido pelo método tradicional, com maturação de 30 meses, leva em sua composição uvas Merlot e Pinot Noir. 

Muito romântico, Adolfo Lona batizou o espumante de ¨Silvia 1972¨ em homenagem a sua esposa e o ano faz referência ao ano do casamento.






domingo, 18 de março de 2018

Vicentin Family Wines

Por Regis Barbour


A Vinícola Vicentin iniciou suas atividades em 2009, nas áridas terras andinas, mais especificamente nos já muito conhecidos, vinhedos de Mendoza, na Argentina.

Com muita visão e estudo, a vinícola trabalhou para obter melhores taninos e todo o potencial da uva Malbec. Para isso foi necessário a união com tradicionais famílias produtoras locais, que por gerações cultivaram seus vinhedos.  

O passo principal foi a seleção e localização das videiras, alcançando a singularidade através de diferentes latitudes e posição dos vinhedos. Esses variados ¨Microterroir¨ localizam-se em Luján de Cuyo, Agrelo, Vistalba, Chacras de Coria, Las Compuertas e Tupungato.

A vinícola trabalhou também uma grande variedade de diferentes vinhos, desde os tradicionais vinhos tintos até o diferente e exótico vinho branco da uva Malbec ¨Blanc de Malbec¨.

O portfólio de vinhos é muito extenso ( conforme fornecido pelo site da vinícola).
VINOS

CHILE


Degustei dois maravilhosos vinhos da Vinícola.


Maldito 2014.


Um maravilhoso Blend de 3 safras (12, 13 e 14) do não menos especial Colosso, da vinícola Vicentin. Este potente vinho com predominância de Malbec, estagia em média 24 meses em barrica de carvalho francês, embora cada ano tenha um estágio diferente do outro. Em sua composição apresenta também de 1 a 3% de Petit Verdot e Cabernet Franc.


Visual: coloração rubi intensa e reflexos violáceos.
Aroma: presença de frutas negras, cassis e toques de chocolate e fumo.
Em boca: bem encorpado, taninos intensos e equilibrado com seus 14,9% de teor alcoólico. Retrogosto longo e final bem agradável.
Harmonização: um vinho muito bem indicado para harmonizar com carnes vermelha ou mesmo em uma noite fresca acompanhar um bate papo descontraído com os amigos.



Blend de Malbec 2015.


Apresenta 100% de Malbec com passagem de 10 meses por barrica de carvalho francês e americano, de primeiro e segundo uso. Esse Blend é feito de 4 diferentes microterroir da vinícola. 

Visual: coloração Rubi intensa.
Aroma: inicialmente frutas pequenas como groselha e amora, evoluindo com chocolate e especiarias.
Em boca: apresenta bom equilíbrio acidez/alcool, taninos aveludados e com boa persistência.
Harmonização: como todo bom Malbec, acompanha cortes de carne vermelha, como chorizo e bife de ancho.





domingo, 11 de março de 2018

The Wineyard Experience

Por Regis Barbour.

Ocorre entre os dias 9 e 25/03/2018 no Moumbi Shoppping, o The Wineyard Experience. Uma exposição sensorial e workshops com assuntos diversos e degustações. 



Enólogos, Sommeliers e parceiras como a Salton, Luiz Argenta, Cave Geisse e Wines os Argentina estarão ministrando gratuitamente esses encontros aos inscritos.


Os Workshops ocorrem no piso laser, ao lado da praça de alimentação. Sua inscrição é realizada pessoalmente e apenas para os eventos do dia, que tem duração aproximada de 40 minutos e 20 vagas por sessão.

Participamos do workshop ¨Vinhos do Brasil ¨, ministrado pelo enólogo e professor Vinicius Santiago.


 A palestra expos as várias regiões produtoras de vinhos no Brasil e seus principais e melhores produtores.

Iniciando nas 3 regiões do Rio Grande do Sul, subindo para Santa Catariana, Paraná, as duas regiões de São Paulo, Minas Gerais, uma leve pincelada no Espirito Santo e Rio de Janeiro e finalizando em Pernanbuco, na região na região do Vale do São Francisco.

No decorrer da apresentação realizamos a degustação de 3 vinhos destas regiões.

Iniciando por um espumante Nature da Cave Geisse, de Pinto Bandeira - Serra Gaúcha. Na sequência um Salton Paradoxo Pinot Noir, também da Serra Gaúcha. E por ultimo o ¨8 ¨da Rio Sol, região do Vale do São Francisco - Pernambuco.

Já a exposição sensorial encontra-se no Atrium, e conta com uma bancada com cúpulas de vidro, contendo diversas frutas, especiarias, etc..., onde podemos sentir o aroma de de cada uma das principais castas de vinhos.


Ao redor da bancada tem diversos painéis com toda a história do vinho no Brasil, datando desde 1532, com a chegadas das primeiras videiras com Martin Afonso de Souza, passando por 1808 com a chegada da Família Real e com a derrubada da proibição ao cultivo da uva, 1875 com a chegada dos imigrantes italianos, entre outras datas, até o ano de 2000.




A exposição conta também com aparelhos de realidade virtual, para uma visitação as plantações e vinícolas.

Apenas os workshops necessitam ser marcados. Os temas e horários encontram-se no site www.morumbishopping.com.br .













sábado, 24 de fevereiro de 2018

LOTE 43 2011

Por R.B.

Pais: Brasil.
Região:  R.S. / Vale dos Vinhedos.
Vinícola: Miolo.
Casta: 60% Merlot e 40% Cabernet Sauvignon.
Amadurecimento: 12 meses de carvalho americano e francês.
Teor alcoólico: 14%
Visual:.Rubi escuro.
Olfato: Frutas negra maduras, especiarias e bom toque de chocolate e tabaco.
Paladar: encorpado, boa acidez, taninos presentes e com bom retrogosto.

O vinho Lote 43 remonta o início da imigração italiana no Estado do Rio Grande do Sul, mais especificamente na região da Serra Gaúcha. 

Giuseppe Miolo, chegou ao Brasil em 1987, vindo da região de Vêneto – Itália, se estabelecendo em Bento Gonçalves. Ali adquiriu um gleba de terra com a denominada ¨Lote 43¨, da Linha Leopoldina.

Embora a Família desde o início trabalhasse na viticultura, foi apenas em 1990 que a Miolo partiu para a produção comercial de vinhos, sendo o primeiro vinho da marca Miolo um Merlot. Hoje a vinícola possui 1.150 ha de vinhedos em cinco regiões vitivinícolas brasileira, com mais de 100 rótulos e produz ao ano 12 milhões de litros de vinhos fino.

Em 1999, a Miolo elaborou seu primeiro vinho ícone com um blend de Merlot e Cabernet Sauvignon, dando a este o nome de Lote 43, em referência a este primeiro lote da Família. 



Somente em anos de boa safra, é que o Lote 43 é 
produzido. Osanos destas safras foram 1999, 2002, 2004, 2005, 2008, 2011 e 2012.

É um vinho com características própria para o envelhecimento e pode ser mantido em guarda por vários anos.





quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

CASILLERO DEL DIABLO CARMENERE 2015

Por R.B.


Pais: Chile

Região: Valle Central
Vinícola: Concha y Toro
Casta: Carmenere
Amadurecimento: 6 meses em barrica de carvalho.
Teor alcóolico:  13,5.
Visual: Rubi intenso.
Olfato:  Aromas de frutas negras e com notas de chocolate.
Paladar: Corpo médio e retrogosto curto.


O Carmenere desapareceu de seu local de origem,  Bordeaux, onde era amplamente cultivada, quando uma praga, a filoxera, extinguiu a cepa por completo da França. No final do século XX, mais precisamente em 1994, a cepa foi redescoberta em meio a videiras de Merlot. Desde então esta variedade se tornou ícone chilena na produção de vinho

Este vinho da variedade Carmenere faz parte da linha Casillero del Diablo, criada em 1981 e está presente em mais de 135 países, sendo considerada a marca de vinho Premium chileno mais vendida no Brasil e com maior presença no mundo. Sua marca é tão forte que muitos confundem ou não sabem que sua produtora é a Concha y Toro.

É fácil de encontrar nos mercados por todo o pais, seu preço varia de R$39,00 a R$50,00, apresentando assim um ótimo custo benefício.

Apresenta coloração rubi intensa, aromas de frutas negras como ameixa e groselha, com toque de chocolate e café tostado. Tem um corpo médio, taninos leves e arredondados e retrogosto curto, ou seja, um vinho com pouca complexidade mas com boa qualidade.

Harmonizando muito bem com churrasco de T-bone e picanha invertida com provolone.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

EPU ALMAVIVA 2012


Por R.B.
EPU 2012

País: Chile
Região: Puento Alto, Valle del Maipo
Vinícola: Almaviva
Casta: 65% Cabernet Sauvignon, 24% Carmenere, 8% Cabernet Franc e 1% Merlot
Amadurecimento: 19 meses em barrica de carvalho francês de segundo uso.
Teor alcoólico: 14,5%
Visual: rubi bem intenso.
Olfato: predominância de frutas negras e toque de chocolate e baunilha.
Paladar: bem encorpado, com taninos firmes e bem arredondados. Excelente equilíbrio alcoólico e um retrogosto longo.


EPU em Mapuche significa segundo, e como segundo vinho da Viña Almaviva, este projeto teve início nos anos 2000 e seu conceito baseado na tradição dos segundos vinhos dos grandes Chateaus Franceses. Sua produção é proveniente de vinhedos localizado nas escarpas pedregosas da Cordilheira dos Andes, tendo um micro-clima parecido com a região de Bordeaux.

A ano de 2012 é caracterizado por chuvas reduzidas na região das vinhas, resultando uma maior maturação da fruta, dando ao vinho mais complexidade e potência.

O único detalhe é que a sua produção é destinada principalmente para o mercado interno chileno, sendo pouco comum encontrar para compra nas lojas brasileiras.


A degustação ocorreu no dia 29/09/2017 no encontro dos Ibéricos. Harmonizou muito bem com uma galinhada do confrade Alexandre Escobar. Estavam também presentes os confrades Edu Serrano, Felipe Campos, Danilo e Roberto.

Após deixar o vinho no repousar no decanter por 60 minutos, ele se abriu completamente, mostrando todos seus aromas secundários. Muita presença de frutas negras, um toque bem acentuado de chocolate e baunilha. Em boca se mostrou bem volumoso, os taninos bem presentes mas arredondados. Álcool e acidez bem equilibrados e um retrogosto longo e agradável.

Um vinho já pronto para consumo que agrada os paladares mais refinados.